quarta-feira, 11 de maio de 2011

Laçado programa de conservação e recuperação dos rios acreanos

“A nascente de um rio é uma magia, é o ambiente de um mundo novo que a gente pode entender. Se a gente cuidar do meio ambiente, as gerações que virão terão um grande futuro”. Foi o que disse ontem o governador Tião Viana, após plantar uma muda de cupuaçu em uma das quatro nascentes do rio Iquiri, no município de Capixaba, em área pertencente à Usina Álcool Verde, situada no km 59 da BR-317.


A frase de Tião Viana mostra a firme disposição do governo da Frente Popular de continuar avançando rumo à sustentabilidade ambiental das riquezas naturais do Acre, que agora passa a ser reforçada com o Programa Estadual de Conservação e Preservação de Nascentes e Matas Ciliares, inserido no Plano de Recursos Hídricos do estado.

Segundo informou o secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, o programa de recuperação das nascentes e matas ciliares dos rios acreanos começa pelo Iquiri porque ele é o único dos grandes rios que nasce dentro do próprio estado, de onde corre por 230 quilômetros rumo à região de Lábrea, no Amazonas, local de sua desembocadura no rio Purus.

Executado pela Secretaria de Meio Ambiente, Instituto de Meio Ambiente do Acre e Secretaria de Floresta, o projeto “Iquiri Vivo - Mobilização comunitária para a conservação e recuperação das nascentes do rio Iquiri” foi lançado pelo governador na presença dos senadores Jorge Viana (PT-AC) e Anibal Diniz (PT-AC), de vários secretários de estado, de produtores rurais, de estudantes e de outros membros da comunidade ribeirinha que dependem do rio para viver.

O projeto Iquiri Vivo vai conservar e recuperar as nascentes e as margens do rio Iquiri através do plantio de árvores, contando, para isso, com a mobilização e participação direta de produtores rurais, pecuaristas, pescadores e outros segmentos sociais que habitam as regiões por onde o rio passa dentro do estado.

No lançamento do programa dos rios acreanos, o governador Tião Viana assinou termo de cooperação do governo, através das secretarias de Meio Ambiente e de Floresta e do Imac, com os proprietários das áreas de terra por onde passa o rio bonito e piscoso rio Iquiri.

Ao lançar o programa, o governador Tião Viana fez questão de destacar a beleza e a riqueza do rio Iquiri, considerado muito piscoso e importante para um grande contingente de ribeirinhos acreanos. Segundo o governador, o programa de conservação e recuperação dos rios acreanos vai se consolidar porque, a exemplo do Iquiri, está sendo lançado com a participação direta das comunidades ribeirinhas.

Participação de todas as comunidades ribeirinhas



A participação da sociedade é importante nesse processo para a difusão de boas práticas, uma vez que elas estão voltadas não só para a conservação e restauração da paisagem nas Áreas de Preservação Permanente (APPs), mas também para o uso sustentável dos recursos naturais, visando sua disponibilidade pela população.

As nascentes de cabeceira da bacia do rio Iquiri são Áreas de Preservação Permanente (APPs). O Código Florestal Brasileiro prevê o mínimo de 50 metros de largura de vegetação nas margens dos rios para evitar o assoreamento, o pisoteio de gado e a contaminação de suas águas.
Por ser um rio piscoso, o Iquiri é de suma importância na dieta alimentar da população ribeirinha, fornecendo fonte de proteína, sendo também fundamental na geração de renda através da pesca de subsistência. Parte do pescado consumido em Rio Branco é proveniente do rio Iquiri, sendo a curimatã, piau, sacaca e bico-de-pato as espécies de maior valor econômico, entre outros de valor nutricional, como a piranha, o bodó, a piaba e o cará.
Após plantar uma muda de samaúma, a maior árvore da floresta, o senador Jorge Viana disse que o projeto Iquiri é uma ação carregada de simbologia, que começou há anos, quando seu pai apontava para ele e o governador Tião Viana a região onde se situa as nascentes do rio.
“Estou muito contente porque o nosso governo, o governo do Tião está cuidando das nascentes dos nossos rios. Nós somos depositário da grande água doce do planeta e o mundo está desequilibrado. E uma maneira de voltar a equilibrar o mundo começa com atitudes, com a mudança de comportamento de cada um, plantando árvores, garantindo as nascentes das águas e colaborando com o planeta para termos uma vida que nos conforta”, assinalou o senador.
O senador Anibal Diniz, que plantou uma muda de paricá, destacou que o governador Tião Viana traz a preocupação com o meio ambiente desde quando era senador, pois já trabalhava na perspectiva do povoamento das margens dos rios e igarapés acreanos com muitas árvores.
“Esse exemplo aqui hoje é algo que tem que ser copiado por todos porque, verdadeiramente, plantar árvores é uma contribuição excepcional para o planeta. O governador dá esse exemplo e a gente tem de contribuir para que mais organizações e mais e mais governos participem do repovoamento das nossas florestas a partir do plantio de árvores”, afirmou Anibal Diniz.






quarta-feira, 6 de abril de 2011

Operadores de turismo conhecem roteiros do Acre Profissionais percorreram caminhos do ecoturismo nos vales do Acre e do Juruá

O Acre recebeu na última semana profissionais de operadoras de turismo e jornalistas que participaram de um Famtour-Pres Trip, para conhecer os atrativos turísticos do Estado, especialmente os polos do Vale do Acre e Vale do Juruá
O termo Famtour (familiarization tour) é usado para viagens onde operadores de turismo visitam um roteiro para se familiarizarem com as características locais e assim poderem, com propriedade, vender pacotes turísticos para aquele destino. No caso do Acre, promover principalmente o Parque Nacional da Serra do Divisor.
No Presstrip, participaram fotógrafos e jornalistas de vários meios especializados em turismo, ciência e ecologia, como a National Geographic e a Scientific American.
A visita até a Serra do Divisor foi a mais esperada por todos, uma vez que o local reserva uma das maiores biodiversidades do planeta, cachoeiras exuberantes e geografia única em todo o Estado.
A viagem desde Mâncio Lima pelo rio Japiim até a Serra do Divisor durou dez horas de “voadeira”. A secretária de Esporte, Turismo e Lazer, Ilmara Lima, acompanhou a equipe e também fez todos os trajetos existentes no parque, incluindo a ida ao mirante, uma caminhada de aproximadamente 40 minutos de subida íngreme. São mais de 400 metros de altitude, de onde se pode ver o rio Moa de cima, inclusive o país vizinho, o Peru.
Um dos trajetos mais fascinantes na serra é o caminho das cachoeiras, onde a equipe conheceu o “buraco da central”, uma cachoeira onde o fluxo de água vem das profundezas da terra, devido a uma prospecção de petróleo realizada pela Petrobras na década de 1960.
As cachoeiras do Ar-Condicionado, do Amor, e da Estátua, que são as maiores, só são alcançadas depois de caminhar por trilhas e córregos e subir por escadas no meio de fendas rochosas que parecem pertencer a um cenário de filme.
O fotógrafo da National Geographic Renato Soares, que já percorreu muitas florestas, inclusive a amazônica, ficou impressionado com o que viu e disse ser privilegiado por conhecer os tesouros que o Acre reserva. “Uma maravilha como esta existem poucas, mas raros brasileiros que a conhecem, uma paisagem com geografia completamente diferente da que eu conheço no resto da floresta amazônica.”
Os operadores de turismo presentes à expedição aproveitaram a visita ao Estado para iniciar negociações com empresas para a criação de pacotes para esses destinos.
A secretária Ilmara Lima ficou satisfeita com essa integração proporcionada pela expedição, pois dessa forma o Brasil e o mundo conhecerão a parte mais setentrional do Estado e uma das paisagens mais belas e intocadas do planeta.

terça-feira, 29 de março de 2011

Com patinhas ágeis e fortes, tracajás e iaçás correm para a liberdade ganhando o Rio Abunã como presente. No último sábado, 26, 2,5 mil quelônios foram soltos pela Associação SOS Quelônios, uma organização não-governamental que há 11 anos luta para repovoar o rio com espécies que poderiam estar extintas não fosse o trabalho voluntário e de conscientização que vem sendo realizado por algumas iniciativas.
O governador Tião Viana, que participou da soltura dos animais, assinou no sábado, na sede do projeto SOS Quelônios, localizada no Seringal Porto Dias, um termo de cooperação técnica envolvendo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), a Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e a Polícia Ambiental. O termo não específica valores, mas garante assistência técnica e apoio para o trabalho de coleta dos ovos e soltura dos filhotes de tracajás e iaçás no médio Abunã.
É no Seringal Porto Dias que está uma das maiores árvores acreanas, que ganhou um abraço simbólico do governador Tião Viana, senadores Aníbal Diniz e Jorge Viana, secretários, assessores do governo, estudantes, voluntários e ambientalistas.
O projeto, que beneficia diretamente 150 famílias, teve início quando Antônio Abrãao, coordenador da iniciativa, se deu conta de que já não era comum encontrar quelônios no Rio Abunã. O trabalho anual começa em agosto, quando tracajás e iaçás estão no período de desova e deixam seus ovos nas praias.
A equipe do projeto recolhe todos os ovos e os transfere para um tabuleiro, uma praia base, onde eles levam cerca de 90 dias para eclodir.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mais da metade dos municípios podem ficar sem água em 2015 O levantamento mapeou as tendências de demanda e oferta de água nos 5.565 municípios brasileiros e estimou em R$ 22 bilhões o total de investimentos necessários para evitar a escassez.

Dono do maior potencial hídrico do planeta, o Brasil corre o risco de chegar a 2015 com problemas de abastecimento de água em mais da metade dos municípios. O diagnóstico está no Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, lançado ontem (22) pela Agência Nacional de Águas (ANA). O levantamento mapeou as tendências de demanda e oferta de água nos 5.565 municípios brasileiros e estimou em R$ 22 bilhões o total de investimentos necessários para evitar a escassez.
Considerando a disponibilidade hídrica e as condições de infraestrutura dos sistemas de produção e distribuição, os dados revelam que em 2015, 55% dos municípios brasileiros poderão ter déficit no abastecimento de água, entre eles grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e o Distrito Federal. O percentual representa 71% da população urbana do país, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.
“A maior parte dos problemas debastecimento urbano do país está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção, impondo alternativas técnicas para a ampliação das unidades de captação, adução e tratamento”, aponta o relatório.
O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, disse que o atlas foi elaborado para orientar o planejamento da gestão de águas no país. Segundo ele, como atualmente mais de 90% dos domicílios brasileiros têm acesso à rede de abastecimento de água, a escassez parece uma ameaça distante, como se não fosse possível haver problemas no futuro. “Existe uma cultura da abundância de água que não é verdadeira, porque a distribuição é absolutamente desigual. O atlas mostra que é preciso se antecipar a uma situação para evitar que o quadro apresentado [de déficit] venha a ser consolidado”, avalia.
De acordo com o levantamento, as regiões Norte e Nordeste são as que têm, relativamente, os maiores problemas nos sistemas produtores de água. Apesar de a Amazônia concentrar 81% do potencial hídrico do país, na Região Norte menos de 14% da população urbana é atendida por sistemas de abastecimento satisfatórios. No Nordeste, esse percentual é de 18% e a região também concentra os maiores problemas com disponibilidade de mananciais, por conta da escassez de chuvas.
O documento da ANA calcula em R$ 22,2 bilhões o investimento necessário para evitar que o desabastecimento atinja mais da metade das cidades brasileiras. O dinheiro deverá financiar um conjunto de obras para o aproveitamento de novos mananciais e para adequações no sistema de produção de água.
A maior parcelas dos investimentos deverá ser direcionada para capitais, grandes regiões metropolitanas e para o semi-árido nordestino. “Em função do maior número de aglomerados urbanos e da existência da região do semi-árido, que demandam grandes esforços para a garantia hídrica do abastecimento de água, o Rio de Janeiro, São Paulo, a Bahia e Pernambuco reúnem 51% dos investimentos, concentrados em 730 cidades”, detalha o atlas.
“Esperamos que os órgãos executores assumam o atlas como referência para os projetos. Ele é um instrumento de planejamento qualificado, dá a dimensão de onde o problema é grande e precisa de grandes investimentos e onde é pequeno, mas igualmente relevante”, pondera Andreu.
Além do dinheiro para produção de água, o levantamento também aponta necessidade de investimentos significativos em coleta e tratamento de esgotos. O volume de recursos não seria suficiente para universalizar os serviços de saneamento no país, mas poderia reduzir a poluição de águas que são utilizadas como fonte de captação para abastecimento urbano.
Andreu espera que o diagnóstico subsidie a elaboração de projetos integrados, compartilhados entre os órgão executores. “Ao longo do tempo, o planejamento acabou se dando apenas no âmbito do município, que busca uma solução isolada, como se as cidades fossem ilhas. É preciso buscar uma forma de integração, de planejamento mais amplo, preferencialmente por bacia hidrográfica”, sugere o diretor-presidente da agência reguladora. “Ainda não estamos no padrão de culturas que já assumiram mais cuidado com a água. Mas estamos no caminho, e o atlas pode ser um instrumento dessa mudança”.

sábado, 19 de março de 2011

Municípios validam o Plano Estadual de Recursos Hídricos Consultas Públicas confirmam a eficácia do projeto para o Estado

Cruzeiro do Sul, Feijó e Tarauacá já validaram os estudos realizados para a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PLERH) do Acre. Durante esta semana, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente realizou nesses municípios as Consultas Públicas, que são quando a sociedade chancela os planos. Esse processo se estende por todo estado e será concluido no próximo dia 24, em Rio Branco.
As Consultas Públicas colhem contribuições do poder público, sociedade civil e sociedade em geral, evidenciando, nesse caso, as empresas de saneamento básico, indústrias, pecuaristas, extrativistas, indígenas e agricultores. Assim, o estudo técnico é aprovado junto à comunidade local, confirmando-o como adequado a essas realidades. O debate é importante para democratizar as políticas e os instrumentos legais que irão orientar as ações de gestão das águas do Estado.
O processo de construção do Plano Estadual de Recursos Hídricos do Acre é pautado na metodologia participativa do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Acre, e essa é a etapa de conclusão de um processo que foi precedido, entre outros, por consultorias, oficinas e diagnósticos.
“A finalização do Plano de Recursos Hídricos consolida um processo que iniciou com a elaboração do ZEE I e II, que neste momento vive a fase de implantação, que vai se completar com a fase de implementação do PLERH, da Lei Estadual de Recursos Hídricos e da Criação da Câmara Técnica de Recursos Hídricos no Conselho Estadual de Meio Ambiente Ciência e Tecnologia. Todos esses instrumentos, unidos com a participação da sociedade, nos possibilitam cuidar melhor de nossas águas, recurso fundamental para existência da vida no planeta”, ressalta o secretário estadual de Meio Ambiente, Edegard de Deus.
Em Cruzeiro do Sul a consulta pública teve como eixo norteador a necessidade de fortalecimento das secretarias municipais de Meio Ambiente e ampliação do corpo técnico, para fomentar as ações locais. Foi levantada também a necessidade de projetos de gestão de riscos e gestão de fronteiras, pois a maioria dos rios acreanos tem nascentes em outros estados ou países.
“A SEMA, desde o 2º Acre Ambiental, tem trabalhado com o fortalecimento da gestão municipal com a doação de imobiliário, equipamentos de informática e de campo, como os GPS. Essas reivindicações mostram o crescimento local e o interesse de se ter um trabalho mais efetivo para preservação e conservação dos recursos hídricos”, afirma a coordenadora do departamento de Gestão das Águas e Recursos Hídricos da Sema, Marli Ferreira.
Em 2006, foi apresentado o Plano Nacional de Recursos Hídricos para o Brasil, no IV Fórum Mundial das Águas. Agora, dentro das metas nacionais, todos os Estados estão construindo políticas específicas para gestão das águas, ou seja, os planos estaduais. O PLERH-Acre é desenvolvido com recursos do governo do Estado do Acre e apoio técnico e financeiro da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU/MMA) e do WWF - Brasil.





quinta-feira, 17 de março de 2011

WWF e governo do Estado fortalecem parceria

Secretária-geral da Ong no Brasil reconhece esforço acreano para consolidar economia de baixo carbono




As iniciativas comunitárias, empresariais e governamentais que o Acre se esforça para desenvolver, buscando uma economia verde e de baixo carbono, não passam despercebidas aos olhos do mundo. Por isso o Estado foi escolhido na Amazônia para sediar a reunião semestral do Comitê de Diretores de Conservação do WWF, com a participação de representantes da Holanda, Suíça, Estados Unidos, Inglaterra e Finlândia, além do Brasil. O comitê discute a conservação do meio ambiente em todo o mundo.



A secretária-geral do WWF Brasil, Denise Hamu, e o representante do WWF no Acre, Dande Tavares, reuniram-se com o governador Tião Viana para reafirmar o compromisso e o interesse da organização em ajudar o Acre a ser uma experiência de sucesso no desenvolvimento sustentável. “Se o desenvolvimento sustentável não der certo aqui no Acre, ele não dará em nenhum outro lugar do mundo, porque aqui, além de história, de vontade política, há todos os instrumentos para que ele aconteça. Viemos aqui reforçar o nosso compromisso para que isso ocorra. A alma do sucesso do Acre é a vocação em ancorar tudo na sustentabilidade ambiental”, disse Denise.



Dande explica que o WWF é parceiro do Estado em ações fundamentais dentro da política de meio ambiente. Ações como o manejo de pirarucu em lagos de Manuel Urbano e Feijó, o processamento do látex em Folhas de Defumação Líquida (FDL), onde os seringueiros vendem toda a produção para uma empresa francesa e projetos de manejo madeireiro, por exemplo, contam com o apoio da Ong.



Durante a conversa, Denise afirmou a importância da participação do governador Tião Viana em conferências como a Rio + 20 e um encontro em Oxford, na Inglaterra, a convite do WWF Inglaterra. Na pauta da reunião também foram discutidas possibilidades de novos mercados para produtos como a camisinha fabricada com látex de seringais nativos e a castanha-do-brasil. “Investir nisso é uma forma de preservar a floresta, porque estamos gerando renda para populações tradicionais a partir dessa floresta em pé”, disse o governador Tião Viana.



Peixe – O governo do Estado está disposto e empenhado em transformar o Acre no endereço do peixe na Amazônia, exportando a maior parte da produção para mercados europeus e asiáticos através dos portos do Pacífico. O WWF, além de importante parceiro na prospecção e busca de compradores, também se comprometeu a auxiliar o Acre numa meta inovadora no Brasil: a certificação do pescado - exigida nas mesas europeias e asiáticas. Para isso, a Ong será ponte entre o governo e o MSC (Marine Stewardship Council), um organismo de certificação bastante respeitado.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Oncinhas do Parque Chico Mendes já podem ser visitadas Jaulas foram adaptadas para receber os filhotes que nasceram no parque em outubro passado


As oncinha nascidas no Parque Chico Mendes em 2010 deixaram há vinte dias o Centro de Triagem de Animais Silvestres e, depois de adaptada a nova jaula, já podem receber visitação pública. Os dois filhotes machos já podem ser vistos junto com a mãe, Rebeca, no abrigo destinados às onças pintadas.

Nicolau, de nove anos, um macho de onça encontrado em Assis Brasil, é o pai. Os nomes estão das duas ocinhas, que completam cinco meses no final deste mês, estão sendo escolhidos através de campanha entre os visitantes.

O nascimento de onça em cativeiro é um fenômeno raro e de grande relevância para a ciência. (Ascom PMRB)

terça-feira, 15 de março de 2011

Validação do Plano Estadual de Recursos HídricosNovas políticas públicas marcam o Mês das Águas para o Acre

O governo do Estado celebra o Mês das Águas com o avanço das políticas públicas com foco nos recursos hídricos acreanos. Hoje, em Cruzeiro do Sul, ocorre a primeira consulta pública, que tem o objetivo de validar os estudos realizados para a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PLERH).


O PLERH é um dos instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos instituída pela Lei Estadual 1.500/2003. Ele está sendo elaborado no Departamento de Gestão de Água e Recursos Hídricos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), com recursos do governo do Estado do Acre e apoio técnico e financeiro da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano - SRHU/MMA e do WWF - Brasil. O objetivo é subsidiar a tomada de decisão local, formando comitês de bacias e fomentar a gestão participativa dos recursos hídricos no Estado.
O Acre foi dividido em seis unidades de gestão, que são recortes espaciais de referência para a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos: Acre-Iquiri, Abunã, Purus, Tarauacá, Envira-Jurupari e Juruá.
No dia 23, será validado o prognóstico e plano de ação da Unidade de Gestão de Recursos Hídricos Acre-Iquiri, envolvendo representantes da população dos 13 municípios que compõem essa Unidade de Gestão das Águas e dos Recursos Hídricos.

Construção participativa

O processo de construção do Plano Estadual de Recursos Hídricos do Acre é pautado na metodologia participativa do Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre, ou seja, equipes técnicas foram a campo promover uma ampla discussão junto à sociedade, poder público e usuários (empresas de saneamento básico, indústrias, pecuaristas e agricultores).
Durante o período de elaboração, foram capacitados cerca de 250 atores locais em recursos hídricos. Eles formaram grupos de trabalho em cada município. A partir de então, os grupos de trabalho atuam como articuladores e mobilizadores locais, tornando também representantes que integraram os seis grupos de trabalho regionais que definiram programas/projetos que irão compor o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Acre.
Foram realizados dez encontros regionais, contando com a participação de mais de 1.600 pessoas. “Essa grande participação da sociedade é um marco na história da gestão dos recursos hídricos no Acre, porque só assim conseguimos mapear as expectativas e aspirações locais, o que nos tem dado base para entender as necessidades locais. A intenção é conseguir dar respostas mais adequadas e que promovam a qualidade de vida da população, por meio de uma gestão adequada dos recursos hídricos”, afirma a coordenadora do Departamento de Gestão das Águas e Recursos Hídricos da Sema, Marli Ferreira.





sábado, 5 de março de 2011

Produtores abraçam programa de piscicultura do AcreGoverno do Estado reúne produtores para discutir cadeia produtiva. Atividade pode movimentar R$ 350 milhões por ano

Mais rentável e com giro de lucro mais rápido que o gado, sem pressionar o meio ambiente com desmates, agrotóxicos ou queimas, ao contrário, preservando-o e aproveitando a condição de ter clima, água e solo favorável para atividade. A piscicultura, aposta do Governo Tião Viana para desenvolver a economia e o setor produtivo no Acre, é uma atividade que, depois de implantada e com o todo o sistema funcionando, pode gerar uma movimentação financeira de R$ 350 milhões por ano.


"A ideia é que uma cooperativa administre o negócio, através de uma parceria público, privada, comunitária", afirmou Tião Viana (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Na manhã deste sábado, o Governo se reuniu com piscicultores e diretores do Projeto Pacu, que presta consultoria no Acre para a implantação do programa de piscicultura. Para construção de um complexo industrial do peixe, com centro de alevinagem, fábrica de ração e frigorífico é necessário um investimento de R$ 40 milhões. "O governo já tem R$ 20 milhões na mão e está convidando o setor produtivo a investir mais R$ 20 milhões. O governo é um indutor desse processo, protegendo os pequenos e abrindo portas para os grandes. Mas não queremos administrar esse empreendimento, a ideia é que uma cooperativa administre o negócio, através de uma parceria público, privada, comunitária", explicou Tião Viana.


O vice-governador César Messias ressaltou o momento que o Acre vive: "Estamos com 60 dias de governo. A vontade e determinação do Tião de que realmente o Acre produza está fazendo com que coisas que eram pra acontecer apenas no ano que vem aconteçam agora".


Para o diretor geral do Projeto Pacu, Jaime Brum, a piscicultura não é apenas um bom negócio, mas um negócio extramente viável para o Acre, que pode se tornar o maior produtor de peixes amazônicos através das tecnologias de ponta que está trazendo para o complexo industrial. A fábrica de ração, um investimento de R$ 15 milhões será a mais moderna do país e capaz de produzir a ração para o pirarucu, que nenhum estado do país produz.

"Com essa ajuda que o governo do Estado está dando para a piscicultura o Acre vai ser um estado de ponta na produção de peixes. A fábrica de ração está projetada para ser a melhor do Brasil e tudo está preparado para a exportação. Há mercado interno e externo para o peixe da Amazônia", disse Jaime. O complexo industrial vai garantir uma produção de 40 mil toneladas/ano.
Peixe na merenda escolar

O governo do estado não vai apenas incentivar a criação, mas também dar apoio para compra da produção. O governador Tião Viana se comprometeu em colocar o peixe no cardápio escolar pelo menos uma vez por semana. O prefeito da capital também deve viabilizar essa parceria para dar apoio aos produtores.



"Essa ação ajuda o mercado, a produção familiar e garante a segurança alimentar das crianças. O peixe é um alimento muito rico em proteína", afirmou o governador.

"Não tenho dúvida que a piscicultura é viável", dizem produtores


O Banco da Amazônia já tem prospectado para investir neste ano, apenas na área da piscicultura, R$ 60 milhões através do FNO. "Estamos falando de um investimento que passa fácil de R$ 120 milhões em dois anos para o Acre", disse Tião.
O piscicultor José Augusto acredita no potencial do peixe e vai investir no setor. "Não tenho dúvida alguma de que o peixe seja um negócio rentável e adequado pro Acre, que é um estado amazônico com clima, solo e água favorável. Espero que nenhum produtor tenha receio em apostar neste negócio".
José Augusto entregou ao governador Tião Viana um projeto para plantar 500 hectares de açaizeiros, sem abrir mão dos açudes. "Temos condições de sermos o melhor produtor de açaí do país e essa será uma das grandes fontes de renda do nosso estado pela capacidade de produção do fruto".


Exportação - A aposta do governo na piscicultura tem exemplos práticos de como essa atividade é rentável e pode gerar lucro para os produtores acreanos. É o caso de José Ivan, produtor do Ramal Panorama. Ele investe na piscicultura há mais de 20 anos e conta que já chegou a exportar pirarucu vivo para a cidade de Mococa, em São Paulo. "Fico feliz com esse incentivo do governo para a atividade de piscicultura. Os produtores devem apostar nesse projeto. Trata-se de uma atividade altamente rentável e ecologicamente viável, pois para criar peixe é preciso manter a floresta em pé", ressalta.





sábado, 26 de fevereiro de 2011

POLITICA DOS 3' R

1.
REDUZIR
 Antes de mais há que ter contenção na produção de resíduos. A diminuição da quantidade de lixo é o passo primordial para resolver o problema da sua acumulação e melhorar a sua gestão.

Com a crescente demanda comercial, a produção de resíduos aumenta astronomicamente. São principalmente embalagens descartáveis (plásticas, de vidro, de papel, papelão, latas, tetrapak), pilhas e baterias (incluindo as dos telemóveis) que fazem um grande mal à Natureza por não se degradarem e ocuparem imenso espaço nos aterros sanitários (o que provoca a diminuição do seu tempo de utilização e a necessidade de procurar novos espaços para novos aterros). Mas, então, o que se faz a tantos resíduos? Não se acaba com o lixo colocando-o no contentor - o problema começa exactamente aí. Imagine-se a quantidade de lixo que se produz numa cidade! O perfil do lixo produzido nas grandes cidades é de 39% de papel e papelão, 16% de metais ferrosos, 15% de vidros, 8% de resíduos alimentares, 7% de filme plástico, 2% de tetrapak e 1% de alumínio.
Uma coisa que podemos fazer é procurar reduzir a quantidade de lixo produzida em nossa casa. Como? Aqui ficam alguns exemplos:

  • Comprar apenas o necessário, para não haver despredícios.

  • Imprimir ou copiar apenas as quantidades necessárias.

  • Procurar comprar produtos cuja embalagem seja reciclável.

  • Preferir embalagens de vidro às de plástico (o vidro é mais facilmente reciclável).

  • Sempre que possível optar por produtos sem embalagem.

  • Utilizar papéis de menor gramagem, de preferência não clorados, utilizando sempre as duas faces da folha de papel.

  • Separar materiais para reciclar.

  • Fazer a compostagem de resíduos orgânicos.

  • Reutilizar sempre que possível. É também de extrema importância a redução dos consumos de água e energia eléctrica.

  • Não deixe a torneira aberta ao escovar os dentes ou fazer a barba.

  • Não deixe as torneiras a pingar (uma torneira a pingar gasta cerca de 200 litros por dia).

  • Não lavar os carros à mangueira. Se o fizer com um balde e uma esponja gasta apenas cerca de 60 litros, enquanto que com a mangueira pode gastar 10 vezes mais (600 litros).

  • Não use a mangueira para "varrer" os passeios.

  • Utilizar as máquinas de lavar roupa e loiça apenas quando estiverem cheias.

  • Não utilize o autoclismo como cinzeiro (para além de os restos do cigarro constituirem um problema na fase de tratamento das águas, cada descarga do autoclismo gasta, em média, 40 litros de água).

  • Não tomar banhos prolongados (5 minutos com um chuveiro aberto consomem cerca de 60 litros de água).

  • Não deixar as luzes acesas desnecessariamente.

  • Não abrir o frigorífico sem necessidade nem deixar a porta aberta.

  • Não ligue o ferro para passar pouca roupa.

  • 2.
    REUTILIZAR

    Outro passo indispensável. Há materiais concebidos para serem utilizados várias vezes. A opção de reutilização diminui a curto prazo a quantidade de resíduos domésticos adiando a sua rejeição e consequente eliminação.

    Outra forma de produzir menos resíduos é reutilizar tudo aquilo que possa ser útil para alguma coisa. Deixo aqui algumas ideias:
  • Usar o verso de folhas impressas para rascunho.

  • Imprimir frente e verso do papel.

  • Usar os restos de frutas e legumes para fazer adubo (compostagem).

  • Destinar algumas embalagens para outros fins que não o lixo (por exemplo, frascos de maionese ou outros semelhantes para guardar alimentos; caixas de sapatos para arquivos; latas para porta-lápis...).

  • 3.
    RECICLAR

    Objectivo Final. Consiste na transformação do material inútil em material útil, diminuindo assim a quantidade de resíduos e poupando recursos naturais energéticos.

    Separe papéis, vidros, latas e plásticos para serem reciclados. Assim contribui para a diminuição do lixo acumulado e ajuda a obter matéria prima sem que seja necessário extrai-la do meio ambiente. Sabe quanto tempo a Natureza demora a absorver os detritos?

  • Jornais, de 2 a 6 semanas.

  • Embalagens de papel, de 1 a 4 semanas.

  • Frutas, 3 meses.

  • Guardanapos de papel, 3 meses.

  • Pontas de cigarro, 2 anos.

  • Fósforos, 2 anos.

  • Pastilhas elásticas, 5 anos.

  • Nylon, 30 a 40 anos.

  • Sacos e copos de plástico, 200 a 450 anos.

  • Latas de alumínio, 100 a 500 anos.

  • Tampas de garrafas, 100 a 500 anos.

  • Pilhas, 100 a 500 anos.

  • Garrafas e frascos de vidro ou plástico, indeterminado. Cada 50 kg de papel reciclado poupa o corte de uma árvore. A reciclagem de uma tonelada de plástico economiza 130 kg de petróleo.